1 de jul. de 2019

ORIGEM E HISTÓRIA DO CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ EM ESTANDARTE-MA, UMA CAMINHADA PEREGRINA QUE COMPLETA 91 ANOS - UM PRESSUPOSTO PARA A CRIAÇÃO DO SANTUÁRIO DE NAZARÉ DA DIOCESE DE ZÉ DOCA - MA



            Por: Iolanda Miranda

       Estandarte é uma ilha situada ao norte do Maranhão, na Microrregião do Gurupi, na região denominada de Pré-Amazônica, quase na divisa com o Estado do Pará, localizada às margens do Rio Santa Cruz. Estandarte é uma vila-distrito do Município de Cândido Mendes e sua comunidade católica pertence à Paróquia de Nª Srª da Conceição e à Diocese de Zé Doca. 

Segundo os antigos moradores, esta Ilha foi descoberta em 1819 pelo índio Urgulino de Vizeu-Pará que veio com seus companheiros (índios e caboclos), catequizados por jesuítas, e aqui cultuavam a fé católica e realizavam festividades de vários santos. Eram pescadores que se organizaram como povo devoto de Nª Srª do Livramento para quem construíram uma capela. E assim, se passaram muitos anos.
Somente no ano de 1928, a paraense de Belém do Pará, Srª Maria Antônia, chegou na Ilha com sua família, trazendo uma imagem de Nª Srª de Nazaré e no mês de agosto, desse mesmo ano, iniciou a devoção à Virgem de Nazaré, decidindo realizar o Círio e o povo aceitou com agrado. Então, no dia 13 de agosto realizou, no final da tarde, a Trasladação que saiu da Capela de Nª Srª do Livramento (bairro do Alto), dirigindo-se para o Sítio da Valentina (na zona suburbana da Ilha). No dia seguinte, 14 de agosto, foi realizada a procissão do Círio que fez o trajeto em sentido contrário, do sítio para a capela, na qual a população orava, louvando a Virgem de Nazaré. Foi uma caminhada simples, mas emocionante e muito significativa para o povo que, pela primeira vez, realizava o seu Círio. No dia 15, Assunção de Nossa Senhora, festejavam o Dia da Padroeira que não deixou de existir com o início do Círio, pois era o dia em que se realizava a festa de Nossa Senhora do Livramento (mas hoje esta festa não existe mais).




Desse dia em diante, a fé e devoção cresceram e, todos os anos, sempre no dia 14 de agosto, realiza-se o Círio de Nazaré. Com o passar dos anos, o dia 15, dia da Padroeira era realizado com muitas celebrações, encerrando-se com uma grande procissão no final da tarde e missa, quando também se encerrava a festividade do Círio de Nossa Senhora de Nazaré ou “Festa de Agosto”, como era também chamada popularmente pelos estandartenses. 
O Círio de Nazaré em Estandarte, sempre procurando seguir o modelo do Círio de Belém, a cada ano vai crescendo, tanto em quantidade de romeiros quanto em organização, estrutura, símbolos, atividades, espiritualidade e expressões culturais, aumentando o seu período que, atualmente, inicia no mês de julho com as peregrinações, seguidas das novenas, das romarias (das crianças, da juventude e marítima), da trasladação e finalmente a grande caminhada do Círio que, em 2018, completou e festejou o jubileu dos 90 anos.






Ao longo desses anos, a festa do Círio passou por 17 coordenações, mas é o povo católico da Ilha que faz tudo acontecer na festa de sua Padroeira, na qual tudo é doação, como: as flores da Berlinda e o Manto da Imagem, entre muitas outras doações como promessa ou oferta. A Virgem em sua Berlinda é o símbolo maior, havendo também o Andor do Sagrado Coração de Jesus, o carro dos Anjos, a barca dos Marinheiros Mirins, os promesseiros, entre outros, que antecedem a Berlinda. Há também a corda que serve para demarcar e organizar a procissão orientada pela Guarda de Nazaré.
Durante o cortejo Nossa Senhora recebe várias homenagens, estando a Guarda de Nossa Senhora sempre de prontidão na orientação aos romeiros. O Clero (bispos, padres, diáconos, ministros, consagrados) também se faz presente, momento em que se realizam os sacramentos do Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma e Casamento. Ao longo desse tempo histórico-cultural e religioso, a Ilha, em festa nesses dias de devoção mariana, é só alegria, enfeita-se toda de bandeirinhas para saudar sua Rainha e se confraternizar com as famílias e seus amigos visitantes.






 Hoje com muito mais alegria e fé, o povo estandartense se prepara para a criação do Santuário Nossa Senhora de Nazaré em Estandarte, o segundo da Diocese de Zé Doca - MA, cujo Decreto já foi assinado por nosso Pastor Dom João Kot, no dia 27 de junho, no altar da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré em Belém do Pará, momento histórico e de muita emoção para o povo estandartense e de outras comunidades da Diocese que se fez presente nesta Celebração Eucarística na Basílica de Nazaré e no dia 06 de agosto de 2019 será oficializado esta grande graça em Estandarte. 
        











 Hoje este símbolo religioso que é a pequena Capela de Nossa Senhora de Nazaré em Estandarte que abriga o Círio de sua Padroeira, deixa de ser agora somente de Estandarte, em função de tornar-se Santuário Diocesano, passando a pertencer a toda a Diocese de Zé Doca, para o qual caminharemos sempre peregrinos em busca de bênçãos e muitas graças!






Salve Maria de Nazaré! Salve Maria, a Mãe de Jesus e Nossa Mãe!
Viva Jesus Cristo, a Ele toda honra e glória sejam dadas!

Fonte:
FERREIRA, Ednir; ALVES, Ribamar. Recordar para viver. Estandarte-MA, 1993.
MIRANDA, Iolanda Miranda de. Estandarte, a bela ilha: resgatando sua história da origem à  atualidade. Belém: Ed. do Autor, 2014. 
MIRANDA, Iolanda Miranda de. Círio – amor, fé e devoção na ilha (Jubileu dos 90 anos). Belém: Impressos IDL, 2018.

1 de dez. de 2018

ESTANDARTE - 69 ANOS ENQUANTO VILA DISTRITO DE CÂNDIDO MENDES

Ao finalizar o ano de 2018, a Bela Ilha Estandarte festeja, no dia 22 de novembro, seus 69 anos de Vila-Distrito, completados no dia 02 de maio deste ano, data em que Cândido Mendes se emancipa enquanto município do Estado do Maranhão. A partir do ano de 1949, quando da emancipação política, Estandarte teve vida ativa na participação do desenvolvimento de Cândido Mendes, não só na economia com seus produtos do mar, mas também na administração e legislação com a ação de vários filhos da terra envolvidos na área política e em outras áreas sociais, com o objetivo de fazer prosperar nosso município.
O tempo passa, o município cresce e se desenvolve, Estandarte também cresce fisicamente e se desenvolve, especialmente na cultura e na arte. Grande é o seu legado histórico neste sentido, pois nossos antepassados herdaram e nos deixaram grande bagagem artístico-cultural adquiridos com os grandes e nobre vultos da área da literatura, da arte e da poesia que habita na alma maranhense. É esse misto de poesia, arte e muita sensibilidade que também baila na alma dos estandartenses.
Estandarte, tem seus muitos problemas (saúde, educação, segurança, emprego etc.), mas é uma terra festiva e de gente alegre. Todavia, o tempo passa e muda o cenário, mas o caboclo nordestino praiano e pescador resiste às intempéries na Ilha, lutando bravamente por dias melhores na comunidade. 
Assim, ao festejar mais um aniversário, observou-se que não foi mais um dia tão festivo e alegre como antigamente, onde a população organizadamente se alegrava para saudar sua terra natal juntamente com amigos e convidados. As escolas faziam-se vanguarda neste dia tão alegre, quando professores, alunos e famílias promoviam atividades culturais, (desfiles escolares, jogos esportivos, atividades recreativas e teatrais, apresentando a produção artística e cultural da Ilha. Por outro lado, os pescadores, juntamente com sua entidade representativa - a Colônia de Pescadores Z3 - faziam parte desta festa, colaborando e realizando outras atividades como porfia de barcos, bingos, partidas de futebol, bailes etc. Tudo era muito festivo e animado! Tudo era uma beleza! O dia amanhecia cantando alvíssaras  ao povo que, alegre e feliz, continuava até a noite saudando sua Bela Ilha!
Todavia, é preciso não perder a esperança e continuar na luta, pois não há vitória sem luta. Vamos companheiros amigos e irmãos de luta, esta terra ainda é nossa, lutemos por ela!
Salve a Bela Ilha Estandarte!



20 de ago. de 2018

LIVRO: "CÍRIO - AMOR, FÉ E DEVOÇÃO NA ILHA"

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O livro "Círio - amor, fé e devoção na Ilha" é uma homenagem ao Jubileu dos 90 anos do Círio de Nazaré na Bela Ilha Estandarte. Conta a história do Círio de Nossa Senhora de Nazaré na pequena comunidade Estandarte, pertencente ao Município de Cândido Mendes no Estado do Maranhão, durante esse tempo, ocorrendo todos os anos, sem nenhuma interrupção. Traz a marca da fé dos filhos e devotos da Ilha que, com alegria, expressam seu amor à Mãe de Deus, seguindo o que Jesus nos pediu ao pé da Cruz: "Trazer Maria para casa como nossa Mãe" e com Ela seguir o exemplo de fé e obediência ao Pai. E assim foi desde o início, nessa caminhada, iniciada pelos primeiros habitantes.
Assim, este livro registra esta história, apresentando-a em três partes:
1) ORIGEM: a fé católica - dos antepassados à primeira comunidade. Nesta parte fala da ilha dos primeiros tempos do seu descobrimento e já palco da fé católica através dos vários festejos religiosos;
2) O CÍRIO ANTIGO - a primeira procissão. Aqui fala da coragem e da disposição de Maria Antônia, trazendo de Belém este tesouro que encontrou terreno fértil na Ilha e encantou os estandartenses que se transformaram nos mais fiéis devotos de Maria Santíssima, realizando a primeira procissão do Círio em Estandarte que, apesar de tão simples, continha a mesma emoção, alegria e, principalmente, fé e devoção que agora, pois peregrinando por um caminho íngreme não viram obstáculo, mas só o desejo de louvar Nossa Senhora de Nazaré;
3) O CÍRIO ATUAL - um longo caminho percorrido. Nesta última parte são apresentados todos os símbolos desta grande devoção, na Festa de Agosto que é o Círio de Nazaré na Ilha, falando de sua estrutura, suas coordenações e todas as atividades religiosas, culturais e sociais.
Este livro  procura também demonstrar o crescimento da Igreja na comunidade em saída e em comunhão com o povo leigo cuja fé é capaz de superar as dificuldades da vida, tornando-se vanguarda na caminhada e na missão. Portanto, este livro apresenta o Círio como a festa do povo, uma festa de alegria que move a vida dos estandartenses, conscientes que caminhar na fé é preciso sempre. 

27 de abr. de 2018

JUBILEU DO CÍRIO DE ESTANDARTE - 90 ANOS



A Bela Ilha Estandarte estará comemorando no dia 14 de agosto de 2018 o Jubileu dos 90 anos do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Será uma grande festa dedicada em louvor e honra à Mãe de Deus!

Desde já a comunidade católica da Ilha se prepara para este dia solene de muitas alegrias e bênçãos. Os filhos da terra e devotos de Maria virão, com muita fé, de vários lugares para se juntarem aos filhos que aqui residem. Como sempre, é um momento de júbilo, devoção e confraternização da grande família estandartense que se une para louvar a Virgem Maria!
São 90 anos de muita fé, devoção e amor à Maria Santíssima, representada pela Imagem de Nossa Senhora de Nazaré que aqui aportou trazida por Maria Antônia, vinda de Belém do Pará, em agosto de 1928 para nos dar tamanha graça! Em 13 de agosto foi realizada da primeira trasladação e no dia 14, o primeiro Círio, cujo traslado foi do Sítio da Valentina para a então Capelinha de Nossa Senhora do Livramento no bairro do Alto, quando a comunidade inteira se enfeitava de bandeirinhas para saudar a Virgem Mãe, mas era no coração de todos os devotos que estavam os enfeites que com alegria entoavam cantos e orações. 
E Deus via que era bom e, assim, abençoou nosso Círio de Nazaré – a maior festividade de Ilha.
Agradável aos olhos de Deus, como uma forma não só de manifestação de fé, mas de oração, evangelização e serviços da Igreja dedicados Àquele que é digno de adoração e de todo o nosso amor, Nosso Senhor Jesus Cristo, será uma festa grandiosa quando haverá além das celebrações religiosas, casamentos, batizados, os festejos culturais.
Nos primeiros dias do próximo mês de maio a Coordenação estará reunindo o para escolher o Tema, projetar o Cartaz e os convites.

Aguardem e sejam todos bem vindos à Festa da Mãe de Deus!

21 de abr. de 2018

EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA NA BOLÍVIA


Por Diác. Henrique Baltazar


Grato à Deus Onipotente por suas graças e bênçãos manifestadas nesta oportunidade de fazer esta experiência missionária em terras bolivianas, obediente ao mandato de Nosso Senhor que disse: “Fazei discípulos, entre todas a nações” (Cf. Mt 28,19), saí de terras brasileiras (Diocese de Zé Doca - Maranhão - Brasil), sem ouro e nem prata, mas com o coração aberto e com a consciência de que “a Igreja Peregrina é, por sua natureza, missionaria, pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai.” (Ad Gentes,2)
Os primeiros dias foram oportunos para conhecer a realidade boliviana, pontos turísticos, praças igrejas, culinária, vida eclesial, e todos os aspectos da vida social da cidade em geral. Pude perceber que, mesmo sendo um território latino americano, existem muitas diferenças e belezas de modo geral no jeito de ser e de viver do povo boliviano.

Um País com uma pluralidade de culturas, povos, tradições e costumes, porém como fato importante que também percebi, é que nestas diversidades está a presença de Deus em cada rosto e em cada gesto de acolhida, de felicitação e de alegria.


Depois de conhecer algumas localidades próximas à cidade de Cochabamba, chegou a hora de iniciar a missão. Depois de muitas festas, celebrações e danças, chegou a hora de iniciar a missão na Paróquia Missionária Santo Eugenio de Mazenod, no bairro Villa Pagador, na Cidade de Cochabamba, sendo então acolhido por Pe. Radomiro  Orlando (natural da Bolívia) e pelo vigário paroquial Pe. Antero Berboso (Natural das Filipinas).


Nas primeiras semanas, a paróquia recebeu, como presente de uma família, um Ícone da Virgem de Socavon de Oruro, que será entronizada no novo templo paroquial que está em construção. A acolhida da imagem foi feita com uma missa solene e procissão até ao Centro de Evangelização Santo Inácio, onde o ícone permanece, ficando então numa pequena capela para veneração dos fiéis.
Num ambiente de oração diária, diálogo e fraternidade, partilhamos juntos os compromissos diários da paróquia como: Missas, celebrações diárias, semanais e dominicais, na matriz e comunidades, benção das casas e orações nas famílias, exéquias e visitas aos enfermos. Na vida pastoral também trabalhamos com a formação doutrinal da juventude, comissão nacional de justiça e paz, catequese, coroinhas e liturgia em geral.




Tive também a graça de viver e ajudar a celebrar durante a semana santa, fazendo assim uma experiência enriquecedora de espiritualidade e retiros.  Percebi que povo boliviano cultiva uma grande devoção à santa Cruz de Nosso Senhor, sendo também muito positiva a grande participação do povo nas celebrações da paixão, morte e ressureição de Cristo.  A conclusão da semana santa, com a missa do domingo de páscoa, foi marcada pela abertura da catequese em toda a paráquia com missa solene presidida pelo pároco Pe. Radomiro e concelebrada pelo vigário paroquial, Pe. Antero.
Assim, diante desta nova fase da missão, venho expressar com alegria: Obrigado Diocese de Zé Doca, na pessoa do nosso Bispo, Dom João Kot, ao clero, religiosos e religiosas, ao povo de Deus das paróquias, pastorais, grupos e movimentos, amigos e familiares, por esta bela oportunidade, orações e apoio neste caminho missionário e nesta jornada confiada pela Igreja, a mim e ao Diácono Emerson Adriano!

Desejo a todos felicidades, invocando a benção de Deus Todo Poderoso, por intercessão de Santa Terezinha e a proteção da Santíssima Virgem Mãe Aparecida!

 
  













28 de nov. de 2017

RECOMEÇO, VIDA QUE SEGUE NA ILHA


            Hoje, olhando para trás, observa-se com certa tristeza que, após a febre do facebook e do watsapp, este blogger ficou abandonado e pouco visitado. Todavia, resolve-se atualizá-lo com novas notícias interessantes da Bela Ilha Estandarte. Passaram-se mais de um ano sem uma sequer notícia.
No entanto, antes de falar da ilha querida, precisa-se tomar posição e dar um grito e dizer o que incomoda os brasileiros em todos os cantos do Brasil. É claro que não são todos que se sentem insatisfeitos e prejudicados porque, infelizmente, ainda existem aqueles que, por politicagem ou ingenuidade, ainda defendem os desmandos, a ingovernança e os crimes cometidos contra a Nação que chora dias amargos nunca vistos antes e nem vividos em plena “democracia”. São muitos os pesares que assolam o cenário político deste “gigante país” que no momento se encontra agredido, humilhado e envergonhado por tantos crimes cometidos contra o povo, sem que este possa se defender, visto que o nosso sistema de defesa – o Judiciário – que, atualmente, apenas como uma figura decorativa, é omisso. Crimes denunciados, comprovados, confessados permanecem impunes e os que já foram condenados estão sendo absolvidos ou tendo suas penas reduzidas. A quem recorrer?
                Apesar dos pesares, em Estandarte, o ano de 2017, de certa forma, ocorreu com a tranquilidade de sempre da vida interiorana, nada diferente: os mesmos acontecimentos, os mesmos serviços, as mesmas amizades, os mesmos amigos cada vez mais amigos, as mesmas cores que pintaram a ilha ainda são as mesmas que colorem seu horizonte e também seus celeiros de amor e de paz dos filhos da terra; o patrimônio continua inalterado, apenas desgastado, carecendo de um olhar mais cuidadoso para que o vento parado sopre mais forte, levando a ociosidade de quem não trabalha, mas só atrapalha.
                É tempo de colorir a vida, é tempo de colorir a ilha. Vamos lá meus pescadores! Vamos lá meus professores! Vamos planejar o ano vindouro! Quem sabe a esperança nos aporta com mais vigor e mais fortes os valores!
   É Natal que já vem trazendo Jesus, a nossa Luz!
   É a virada do Ano que já vem chegando!
   É carnaval alegre e festivo que não nos faz mal!
   E festa de escola, da quadra junina e jogo de bola!
   É Círio de Nazaré, a caminhada de Fé!
   É festa da Pátria! Que Pátria? A nossa, assim mesmo amada!
   É o aniversário da Bela Ilha, nosso amor e nossa vida!
   Enfim chegou Natal outra vez!
                 Vamos viver a vida na Ilha! 
                Comecemos o ano de 2018!
                Em paz e harmonia, solenemente cantando,
                A esperança que nos acompanha
                E assim vamos caminhando!

28 de out. de 2016

FILHOS DE ESTANDARTE PARTICIPAM DO XVII CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL EM BELÉM DO PARÁ

Por: Luis Henrique Nina Baltazar


INTRODUÇÃO
              Foi com muita alegria que participamos pela primeira vez de um Congresso Eucarístico Nacional (CEN) e que este ano foi realizado em Belém do Pará, no período de 15 a 21 de agosto, ocasião, certamente, de grande enriquecimento eclesial, espiritual, vocacional, e pastoral para toda a Igreja. Contei com a companhia de meu amigo e companheiro de caminhada, o Seminarista Emerson Adriano e da Religiosa da Diocese da cidade de Bacabal-MA, a Ir. Brandina, além da companhia, hospedagem e apoio da família Miranda e da família Farias.






             A Eucaristia é o maior tesouro da Igreja Católica, porquanto é a presença do próprio Jesus Cristo no meio do povo de Deus. O povo das Escrituras caminhava para a terra prometida, levando consigo a Arca da Aliança, com as Tábuas da Lei, sendo orientado por meio de Moisés e seus colaboradores. O povo do Novo Testamento caminha na história, em vista de novos céus e novas terras, levando consigo Jesus Cristo, alimentado pela Palavra das Escrituras e pela Eucaristia.
             Um Congresso Eucarístico, portanto, quer reafirmar esta certeza: Ele está no meio de nós! É um convite a todos que creem nesta verdade: Vinde e Vede! (Jo 1,39). Um Congresso Eucarístico quer ser a convergência de todas as pessoas que professam a fé católica na realidade da Santíssima Eucaristia e que desejam dar um testemunho público de sua fé na presença real do Senhor Jesus, animando, consolando e convertendo os fiéis. O Congresso Eucarístico é uma demonstração pública de nossa fé pessoal: anunciamos sua morte e proclamamos sua ressurreição! Vinde Senhor Jesus!

HISTÓRICO
             O primeiro Congresso Eucarístico foi celebrado em 1881 em Lille (França), por iniciativa de um grupo de fiéis leigos, apoiados por São Pedro Julião Eymard. Foi uma celebração solene, do qual participaram fiéis e bispos de vários países da Europa. De lá para cá, outros países quiseram repetir a essa importante iniciativa da Fé Católica no mundo.
             Desde o início, os Congressos Eucarísticos tiveram três características essenciais:              1) Aprofundar a doutrina cristã sobre a Eucaristia; 2) Prestar culto público e solene ao Santíssimo Sacramento: adoração e reparação; 3) Manifestar a universalidade e unidade da Igreja.
Posteriormente, os Congressos Eucarísticos passaram a se preocupar também com outros aspectos sócio-políticos diversificados e temáticas específicas: Irradiar para a Igreja e para a sociedade os frutos da Eucaristia na ação social.
             Seminários temáticos para públicos específicos: crianças, jovens, militares, universitários, operários, políticos, empresários, casais, idosos, doentes, deficientes, prisioneiros, dependentes de drogas, marginalizados e excluídos. Os principais temas foram: Eucaristia e Missionariedade; Eucaristia, Evangelização e Meios de Comunicação Social.
             Para atingir seus objetivos, os Congressos Eucarísticos realizam atividades diversificadas como: Reflexões teológico-pastorais; Solenes celebrações litúrgicas; Programas populares de educação da fé: missões populares; Jornadas sociais em favor dos pobres e excluídos.
              No Brasil já foram realizados dezessete Congressos Eucarísticos Nacionais, sendo o primeiro realizado em Salvador – Bahia em 1933 e os demais em várias capitais e cidades conforme demonstra o quadro a seguir.
ANO
LOCAL
TEMA
1933
BAHIA.JPG Bahia - Salvador
"Vinde, adoremos o Santíssimo Sacramento"
1936
Libertas.jpg Minas Gerais - Belo Horizonte
"Luz e Vida"
1939
Pernambuco.gif Pernambuco - Recife
"A Eucaristia e a vida cristã"
1942
Flags.SP.jpg São Paulo - São Paulo
"Vinde a mim todos"
1948
Bandeirars1.jpg Rio Grande do Sul - Porto Alegre
"Ação Social"
1953
Bandeira Para.jpg Pará - Belém
"A Sagrada Eucaristia, sacramento da unidade e da comunidade"
1960
Bandeira parana.jpg Paraná - Curitiba
"Eucaristia, luz e vida do mundo"
1970
Bandeira7.jpg Distrito Federal - Brasília
"A mesa do Senhor"
1975
Bandeira-amazonas.jpg Amazonas - Manaus
"Repartir o Pão"
10º
1980
Bandeira-ceara-2.jpg Ceará - Fortaleza
"Para onde vais?"
11º
1985
Flags.SP.jpg São Paulo - Aparecida do Norte
"Pão para quem tem fome"
12º
1991
Bandeira do rio grande do n.jpg Rio Grande do Norte – Natal
"Eucaristia e Evangelização"
13º
1996
Es.gif Espírito Santo - Vitória
"Venham para a Ceia do Senhor!"
14º
2001
Flags.SP.jpg São Paulo - Campinas
"Fonte da missão e Vida solidária"
15º
2006
Bandeira Santacatarina.jpg Santa Catarina - Florianópolis
"Ele está no meio de nós!"
16º
2010
Bandeira7.jpg Distrito Federal - Brasília
"Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários"
17º
2016
 Resultado de imagem para bandeira do pará vetor Pará - Belém

“Eucaristia e partilha na Amazônia missionária”

            O 16º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Brasília, de 13 a 16 de maio de 2010, teve como tema “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários” que inspirado na V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe que aconteceu em Aparecida em maio de 2007.
               O Papa João Paulo II esteve presente em dois CEN, sendo o primeiro em Fortaleza - CE (1980) e o segundo em Natal - RN (1991). Nos demais ele foi representado por um Enviado Especial.

EM BELÉM
               O XVII CEN aconteceu em Belém do Pará, nos dias 15 a 21 de agosto de 2016, com o tema: “Eucaristia e Partilha na Amazônia missionária: Eles o reconheceram no partir do Pão” (Lc 24,35).
              Para esta ocasião o Papa Francisco enviou como Legado Pontifício o Cardeal Dom Claudio Hummes (Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia). Neste ano está sendo celebrado o quarto centenário da cidade de Belém que foi no dia 12 de janeiro e do início da Evangelização da Amazônia. Completam-se ainda os 110 anos de elevação da então Diocese a Arquidiocese e Sede Metropolitana.

SIMPÓSIO TEOLÓGICO
            Como parte da programação do CEN-2016, além das missas, workshops e conferências com variados temas referentes à Liturgia e à Eucaristia, participamos, também, de Simpósios Teológicos, dentre ele destacamos os seguintes:
-“A ESPIRITUALIDADE LITURGICA A LUZ DO CONCILIO VATICANO II”,
 que teve como Assessor Dom Marcony – Bispo auxiliar de Brasília e Frei Faustino Palludo – CNBB
-“LEX ET CHARITAS” A EUCARISTIA À LUZ DO CÓDIGO DO DIREITO CANÔNICO DE 1983, cujo Assessor foi dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, Bispo auxiliar de Brasília, Doutor em Direito Canônico e que foi subsecretário do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos (2010-2013) e atualmente é consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
             A Igreja de Belém, assim como as de todo o país, certamente colherá muitos frutos deste grandioso acontecimento religioso, através da Comissão de Organização, que assim declara:
“O XVII Congresso Eucarístico Nacional – CEN2016, que foi realizado na cidade de Belém do Pará, de 15 a 21 de agosto de 2016, vem em um momento oportuno, pois desejamos tornar visível em todo o Brasil a força da Eucaristia e ação missionária na Amazônia; de um povo de fé, que testemunha com sua cultura e maneira de ser, uma Igreja viva no Norte do Brasil. Por isso o CEN2016 teve como tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária” e como lema “Eles o reconheceram no partir do Pão”.
            Agrademos a Deus a e Diocese de Zé Doca, na pessoa do Bispo Diocesano Dom João Kot OMI, pela oportunidade, apoio e incentivo que nos foram dados e que certamente darão muitos frutos na nossa vida vocacional, espiritual e pastoral bem como para toda a Igreja particular de Zé Doca.

            Agradeço à Família Miranda especificamente a Degmar, Iolanda e Almira Miranda Lobato que também se fizeram presentes no CEN. Estendo meu agradecimento Marcilene Farias e família que me acolheram e me acompanharam durante estes dias que passei na cristianíssima e mariana Cidade Guajarina de Santa Maria de Belém do Grão Pará, Belém da Amazônia, Belém de Nazaré, Belém do Pará.